Liderança Digital e Inteligência Artificial: Superando o Ego e Enfrentando Desafios na Era da Transformação

Na era da transformação digital, dominar conceitos e técnicas digitais, analisar dados e incorporar a inteligência artificial (IA) são competências essenciais para líderes que desejam se destacar. No entanto, muitos enfrentam desafios não apenas técnicos, mas também psicológicos, como o impacto do ego, que limita sua capacidade de adaptação.

Este artigo explora como líderes podem superar essas barreiras internas e adotar a IA como um aliado estratégico, em vez de vê-la como uma ameaça ao seu papel na organização.

O Ego, a Inteligência Artificial e a Resistência à Mudança

O ego, parte central da identidade de um líder, pode atuar como um obstáculo ao progresso quando reforça uma visão rígida e ultrapassada. Isso se torna evidente ao abordar a integração da inteligência artificial nos negócios.

Os principais reflexos do ego na adoção da IA incluem:

  • Medo de ser substituído: Muitos líderes interpretam a IA como uma ameaça à sua relevância, acreditando que a tecnologia pode desvalorizar suas habilidades humanas.
  • Relutância em delegar decisões: A ideia de confiar em algoritmos para apoiar ou até tomar decisões é vista por alguns como uma perda de controle.
  • Subestimação da IA: O preconceito de que a IA é apenas mais uma “tendência tecnológica” faz com que líderes ignorem seu potencial transformador.

Por exemplo, um executivo de marketing resistiu a implementar ferramentas de IA para análise preditiva, preferindo confiar em suas próprias “intuições” baseadas em anos de experiência. No entanto, isso o levou a perder oportunidades que a tecnologia poderia ter identificado rapidamente.


A Inteligência Artificial como Aliada na Liderança

Para liderar de forma eficaz em um mundo onde a IA é uma força emergente, os líderes precisam mudar sua perspectiva e entender que:

  1. A IA potencializa, não substitui:
    • A tecnologia é uma ferramenta para complementar a criatividade, visão estratégica e empatia humanas.
    • Líderes que utilizam IA ganham tempo para se concentrar em aspectos mais estratégicos e humanos da liderança.
  2. A IA exige novos níveis de conhecimento:
    • É essencial que líderes compreendam como funcionam os algoritmos, como os dados são processados e os limites da tecnologia.
    • Dominar esses conceitos permite que o líder questione, interprete e valide os insights gerados pela IA.
  3. A IA promove decisões baseadas em dados:
    • Ferramentas de IA eliminam vieses humanos, fornecendo análises objetivas para decisões mais assertivas.
    • Líderes que adotam IA não apenas melhoram a eficiência, mas também constroem vantagem competitiva.

Superando as Barreiras Internas

A integração da IA exige que os líderes enfrentem suas próprias limitações e estejam abertos ao aprendizado contínuo. Para isso:

  1. Adote uma mentalidade de parceria com a IA:
    • Reconheça que o sucesso não está em competir com a tecnologia, mas em usá-la para potencializar suas habilidades humanas.
    • Encare a IA como uma ferramenta que amplia sua visão, ajudando a prever tendências e antecipar problemas.
  2. Abrace o aprendizado contínuo:
    • Líderes precisam desenvolver fluência digital e tecnológica para liderar com confiança em um ambiente impulsionado pela IA.
    • Participar de treinamentos e buscar consultoria sobre IA é um investimento essencial para se manter relevante.
  3. Construa equipes híbridas:
    • Equipes que combinam habilidades humanas com ferramentas tecnológicas tendem a ser mais inovadoras e eficazes.
    • Incentivar sua equipe a usar IA no dia a dia promove uma cultura de adaptação e evolução.

A Inteligência Artificial como Diferencial Estratégico

Líderes que integram IA em suas decisões estratégicas estão melhor posicionados para:

  • Analisar grandes volumes de dados em tempo real: Identificar padrões e tendências que seriam impossíveis de perceber manualmente.
  • Automatizar processos rotineiros: Liberar recursos humanos para focar em criatividade e inovação.
  • Personalizar soluções: Com a IA, é possível entender profundamente os clientes e oferecer soluções customizadas.

Por exemplo, um CEO que implementou IA em sua cadeia de suprimentos conseguiu reduzir custos em 20% e antecipar problemas logísticos, reforçando sua posição no mercado.


A Liderança Digital e a Escada Cognitiva

As estratégias digitais e o uso da IA devem ser vistos como uma escada de crescimento contínuo. Cada degrau representa avanços em compreensão, eficiência e inovação.

Para subir essa escada, os líderes precisam:

  1. Deixar o ego de lado e focar no coletivo.
  2. Adotar decisões baseadas em dados e evidências.
  3. Manter-se atualizados com as inovações tecnológicas e culturais.

Conclusão: Liderar com IA é Liderar o Futuro

Dominar a inteligência artificial, aliado à capacidade de interpretar dados e formular estratégias eficazes, é o próximo grande passo na jornada da liderança. Superar o ego e adotar a IA como parceira estratégica é o caminho para navegar na transformação digital e impulsionar o sucesso organizacional.

Se você está pronto para enfrentar esses desafios e desbloquear seu potencial como líder digital, posso ajudar. Como coach executivo, meu papel é guiá-lo na jornada de autoconhecimento, adaptação tecnológica e evolução estratégica. Vamos juntos?

Eudaimonia na Liderança Executiva: Virtude e Propósito para Sucesso Sustentável

A filosofia grega antiga, com suas reflexões profundas sobre a natureza humana, a ética e o propósito da vida, continua a exercer uma influência significativa no mundo contemporâneo. Conceitos como a eudaimonia de Aristóteles, que enfatiza a realização pessoal através da virtude e do propósito, ressoam fortemente na busca moderna por bem-estar e liderança ética. As ideias de Platão sobre a justiça e a verdade, assim como as de Sócrates sobre a importância do autoconhecimento, oferecem fundamentos sólidos para debates atuais sobre moralidade, governança e desenvolvimento pessoal.

No mundo acelerado da liderança executiva, onde os critérios de sucesso muitas vezes se concentram em lucros trimestrais, participação de mercado e valor para os acionistas, o conceito antigo grego de eudaimonia oferece uma mudança refrescante e profunda. Enraizada na filosofia aristotélica, eudaimonia—comumente traduzida como “felicidade” ou “florescimento”—transcende o prazer fugaz e as conquistas efêmeras, enfatizando uma vida de virtude, propósito e bem-estar holístico. Integrar esta filosofia atemporal no coaching executivo, combinado com os princípios da inteligência emocional e os critérios ESG (Ambiental, Social e Governança), pode cultivar líderes que não apenas alcançam sucesso sustentável, mas também levam vidas de profunda realização e integridade ética.

Eudaimonia não se trata apenas de sentir-se bem ou acumular riquezas; trata-se de realizar o próprio potencial e viver uma vida de acordo com a razão e a virtude. Aristóteles postulava que a verdadeira felicidade surge de viver uma vida que expressa nossos valores mais profundos e maiores potenciais. Isso envolve atividade virtuosa, desenvolvendo e exercendo virtudes morais e intelectuais; racionalidade, tomando decisões baseadas na razão e considerações éticas; realização a longo prazo, buscando metas que contribuam para uma vida significativa e com propósito; e a integração de bens externos, reconhecendo que certas condições externas, como saúde e relacionamentos de apoio, são necessárias para viver bem.

O coaching executivo, tradicionalmente focado em aprimorar habilidades de liderança e alcançar metas profissionais, pode ser profundamente enriquecido ao incorporar os princípios de eudaimonia, inteligência emocional (IE) e ESG. A ética das virtudes enfatiza o caráter e as virtudes morais, como coragem, temperança, sabedoria e justiça. No coaching executivo, os coaches podem ajudar os líderes a identificar suas virtudes principais e áreas para crescimento através de ferramentas como a Pesquisa de Forças de Caráter VIA. As sessões de coaching podem focar no desenvolvimento dessas virtudes no contexto da liderança, incentivando os líderes a agir com integridade, justiça e empatia em seus papéis profissionais.

A inteligência emocional, a habilidade de reconhecer, entender, gerenciar e usar as emoções de maneira eficaz, é crucial para alcançar a eudaimonia. Líderes com alta IE estão mais bem equipados para navegar em interações sociais complexas, construir relacionamentos fortes e tomar decisões que considerem o impacto emocional sobre si mesmos e os outros. Incorporar IE no coaching envolve desenvolver autoconsciência, autorregulação, motivação, empatia e habilidades sociais.

Aristóteles destacou a importância da racionalidade para alcançar a eudaimonia. Para os executivos, isso significa julgamento fundamentado, onde os coaches podem introduzir estruturas para a tomada de decisões racionais que equilibram a perspicácia empresarial com considerações éticas, garantindo que as decisões contribuam para o sucesso a longo prazo e o bem-estar das partes interessadas. Práticas reflexivas, incentivando a reflexão regular, ajudam os líderes a avaliar o alinhamento de suas decisões com seus valores e metas a longo prazo.

Eudaimonia envolve buscar metas que realizem o potencial de cada um e contribuam para o bem maior. A liderança orientada por propósito pode ser fomentada através do coaching, ajudando os executivos a articular uma visão clara e orientada por propósito para sua liderança e sua organização, alinhando metas profissionais com valores pessoais e contribuições sociais. O estabelecimento de metas, dividindo aspirações a longo prazo em etapas acionáveis e gerenciáveis, garante progresso contínuo em direção a objetivos significativos.

Reconhecendo a importância dos bens externos, o coaching executivo pode abordar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, desenvolvendo estratégias para garantir que os líderes mantenham um equilíbrio saudável entre responsabilidades profissionais e bem-estar pessoal. Além disso, fomentar relacionamentos positivos dentro e fora do local de trabalho, enfatizando o valor da confiança, respeito e colaboração, é crucial.

A integração dos critérios ESG (Ambiental, Social e Governança) no coaching executivo reforça ainda mais essa abordagem holística. ESG envolve práticas que garantem que as operações da empresa respeitem o meio ambiente, promovam justiça social e mantenham altos padrões de governança. No coaching executivo, isso se traduz em:

  • Ambiental: Incentivar líderes a adotar práticas sustentáveis, reduzindo a pegada de carbono da empresa e promovendo iniciativas ecológicas.
  • Social: Focar na responsabilidade social corporativa, assegurando que as práticas da empresa beneficiem a comunidade e respeitem os direitos humanos.
  • Governança: Promover transparência, ética e responsabilidade nas práticas de gestão e na tomada de decisões.

Resiliência e autossuficiência são cruciais para a eudaimonia sustentada. O treinamento em resiliência, incorporando técnicas como mindfulness, gerenciamento de estresse e adaptabilidade, é essencial para navegar nas complexidades dos papéis executivos. Incentivar uma mentalidade de aprendizado e crescimento contínuos permite que os líderes se adaptem e prosperem em ambientes em mudança.

Considere o caso de um executivo sênior em uma corporação multinacional enfrentando esgotamento e dilemas éticos. Através de uma abordagem eudaimônica no coaching, integrada com inteligência emocional e os critérios ESG, o executivo redescobre sua paixão por práticas empresariais sustentáveis. Focando em virtudes como justiça e temperança, ele implementa práticas trabalhistas mais justas e métodos de produção mais sustentáveis. Ele toma decisões estratégicas que equilibram lucratividade com responsabilidade ambiental e estabelece metas a longo prazo alinhadas tanto com a realização pessoal quanto com a responsabilidade social corporativa. Desenvolver uma cultura corporativa que priorize o bem-estar dos funcionários, o comportamento ético e a sustentabilidade ambiental leva a uma realização pessoal e redução do estresse para o executivo, enquanto a corporação se beneficia de uma reputação aprimorada, satisfação dos funcionários e sucesso sustentável.

Integrar os conceitos de eudaimonia, inteligência emocional e ESG no coaching executivo oferece uma abordagem holística para o desenvolvimento da liderança. Incentiva os líderes a cultivar virtudes, tomar decisões racionais e éticas, buscar metas significativas e criar ambientes de apoio. Isso não apenas leva à realização pessoal e profissional, mas também promove o sucesso organizacional sustentável e o impacto social positivo. Em um mundo onde a liderança é frequentemente medida por ganhos a curto prazo, abraçar eudaimonia, inteligência emocional e os princípios ESG pode redefinir o sucesso e levar a uma vida florescente para os executivos e as comunidades que eles influenciam.

Promovido a gerente! Desbravando o Caminho para o Sucesso Gerencial: Uma Jornada de Autoavaliação e Desenvolvimento Profissional

Como coach executivo, tive o privilégio de trabalhar ao lado de um profissional dedicado enquanto fazia a transição para uma posição de gerenciamento. Juntos, exploramos estratégias e aprimoramos habilidades essenciais para garantir uma integração tranquila no campo da liderança. Junte-se a mim nesta jornada iluminadora enquanto descobrimos os elementos-chave vitais para o sucesso no cenário gerencial.

Em princípio, ao buscar uma promoção para uma posição de gerenciamento, provar sua prontidão é apenas uma parte do processo. Para ser um gerente forte, é necessário ser um solucionador de problemas de alto nível. É essencial descobrir o que você ainda não sabe. Além de reunir exemplos tangíveis que demonstrem suas credenciais de gerenciamento, faça uma avaliação objetiva das lacunas em sua experiência, conhecimento e habilidades de gerenciamento. Para determinar quais habilidades e conhecimentos você precisa melhorar ou desenvolver para se tornar um gerente eficaz pela primeira vez, faça a si mesmo estas 10 perguntas.

Primeiro, deixe-me fornecer algum contexto:

A transição para o gerenciamento pela primeira vez é um marco significativo na carreira. No momento em que você descobre que liderará uma equipe, que buscou pacientemente, mas persistentemente, essa promoção, mudando estrategicamente de emprego para se colocar em uma trilha acelerada para o gerenciamento em uma grande empresa com ótima reputação, você está convencido de que está pronto. Após celebrar o anúncio de sua ascensão ao gerenciamento, você rapidamente descobre que tem muito a aprender. Sua decisão de buscar uma promoção começou com a análise do cenário de liderança no local de trabalho. Você começou a comparar mentalmente suas próprias forças e realizações, encontrando-se pensando em ocasiões em que foi elogiado publicamente por alguém importante sobre o impacto de seu trabalho, ou momentos em que alguém o agradeceu privadamente por concluir uma tarefa significativa. Essas são histórias semelhantes às dos profissionais que apoio como coach, que estão ativamente buscando promoções. Seus resultados, habilidades e validações externas importam. Mas, para se tornar um gerente eficaz, é essencial descobrir o que você ainda não sabe. Além de reunir exemplos tangíveis que demonstrem suas credenciais de gerenciamento, faça uma avaliação objetiva das lacunas em sua experiência, conhecimento e habilidades de gerenciamento. Digo isso com ênfase, não para te segurar, mas para te impulsionar para frente. Para ser um gerente forte, é necessário ser um solucionador de problemas de alto nível. Enquanto se prepara para o próximo passo, quero que pense além de provar que está pronto para uma promoção. Quero que seja proativo na criação de um plano de crescimento profissional que permitirá que navegue na transição e continue aprendendo em seu novo cargo. Meu trabalho como coach gira em torno de fazer perguntas, refletir sobre as respostas, identificar lacunas e fraquezas e propor medidas para abordá-las. Como primeiro passo, as perguntas de autoavaliação que utilizo nas sessões de coaching podem começar a gerar ideias e iluminar desafios. Para determinar quais habilidades e conhecimentos você precisa melhorar ou desenvolver para se tornar um gerente eficaz pela primeira vez, faça a si mesmo estas 10 perguntas.

  • Habilidades de Gerenciamento
  1. Qual é o meu estilo de liderança? Seu estilo de liderança deriva de uma mistura de suas forças, personalidade e valores, aliados à sua visão e metas. Reflita sobre cada um desses componentes e decida pelo que deseja ser conhecido. Lembre-se, você pode adaptar sua abordagem ao longo do tempo à medida que continua aprendendo e avançando.
  2. Como posso ajudar minha equipe a se desenvolver? Compreender como medir o desempenho e avaliar lacunas e oportunidades de crescimento em sua equipe será essencial em seu papel como gerente. Reserve um tempo para pensar sobre como sua promoção pode impactar as estruturas e dinâmicas da equipe. Planeje oportunidades potenciais para desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento da equipe.
  3. Como priorizarei e delegarei o trabalho de maneira eficaz? Sou frequentemente solicitado a apoiar gerentes que estão lutando para atender a demandas concorrentes. Aprender a priorizar e delegar efetivamente será a chave para o seu sucesso como líder de equipe. Isso levará tempo para ser descoberto. Enquanto faz isso, continue a se questionar, por exemplo: O que preciso parar de fazer? O que preciso fazer mais? O que preciso manter? Como fornecerei supervisão e responsabilidade?
  4. Sou um bom orador público e consigo liderar reuniões? Sua comunicação como gerente é um fator-chave para como você atribui trabalho, impulsiona o envolvimento e compartilha informações com múltiplos interessados. Isso é frequentemente feito por meio de reuniões. Ao se preparar para dar o próximo passo no gerenciamento, faça uma avaliação honesta de suas habilidades de comunicação e avalie seu nível de conforto ao liderar reuniões e apresentar para grupos maiores.
  5. Como dou feedback construtivo e resolvo conflitos? Fornecer orientação, abordar lacunas de desempenho e resolver problemas são responsabilidades importantes do gerenciamento. Considere problemas que você pode ter testemunhado entre colegas em relação a processos, projetos ou dinâmicas interpessoais. O que você aprendeu com o que observou? Que habilidades você precisará para gerenciar o desempenho e resolver conflitos se a necessidade surgir?
  • Conhecimento
  1. Quais são as políticas da minha empresa em relação à saúde, segurança e requisitos regulatórios? A equipe de RH de sua empresa liderará garantindo que os funcionários passem por treinamentos necessários sobre políticas da empresa, mas agora é um ótimo momento para se familiarizar com o manual do funcionário e os recursos de RH. Como gerente, os membros de sua equipe virão até você com perguntas, e você será responsável por garantir a conformidade em toda a empresa com protocolos e políticas.
  2. Estou familiarizado com a legislação trabalhista? Novamente, sua equipe de RH será responsável pela orientação em relação à legislação trabalhista que impacta seu trabalho, e é inteligente se familiarizar com os guias da empresa e se manter atualizado com qualquer notícia relevante ou discussões sobre mudanças legislativas.
  3. Como lidarei com perguntas relacionadas à estratégia de compensação da empresa, participação nos lucros, benefícios e planejamento de equidade? Como funcionário, entender a composição de seu salário é importante. Como gerente responsável por uma equipe, você provavelmente receberá perguntas dos membros da equipe relacionadas a remuneração, benefícios e políticas de tempo. Após sua promoção para um cargo de gerenciamento, você precisará estar preparado para conversas confidenciais que podem incluir elegibilidade para horas extras para funcionários isentos e não isentos, dados financeiros de ciclos fiscais anuais, períodos de inscrição abertos para benefícios e protocolos da empresa para decisões de remuneração.
  4. Eu participei do processo completo de recrutamento? Como gerente, será necessário participar da execução dos planos de contratação. O ciclo completo de recrutamento varia desde avaliar as necessidades e criar descrições de cargo até selecionar candidatos, fazer ofertas e integrar novas contratações. Se uma promoção sinalizará sua primeira vez participando do processo de recrutamento, esteja preparado para pedir orientação à sua equipe de RH sobre procedimentos e melhores práticas.
  5. Eu conheço as últimas práticas de diversidade, equidade e inclusão? Compreender se sua organização tem diretrizes ou recursos ajudará a responder a perguntas ou esclarecer processos que você supervisionará em seu papel. Além disso, continue acompanhando desenvolvimentos mais amplos e notícias que possam impactar suas novas responsabilidades.

Buscar uma promoção para ma posição de gerente vai além de apenas conquistar um novo título. É uma oportunidade valiosa para considerar as forças, traços, expertise e conhecimento que o apoiarão, assim como as fraquezas, lacunas de habilidades e falta de exposição que poderiam torná-lo menos eficaz a longo prazo. Com uma avaliação objetiva, você pode criar próximos passos acionáveis para prepará-lo para o sucesso gerencial futuro.

Desenvolvendo a Inteligência Emocional: Um Guia Prático

Em um mundo em constante mudança e desafios, a inteligência emocional emerge como uma habilidade fundamental para o bem-estar pessoal e sucesso profissional.

Vou apresentar a você o conceito de inteligência emocional e compartilhar os passos práticos para desenvolvê-la em sua jornada pessoal e profissional.

O que é Inteligência Emocional? A inteligência emocional é a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar nossas próprias emoções, bem como de nos conectarmos empaticamente com as emoções dos outros. Essa habilidade nos permite enfrentar desafios com resiliência, melhorar nossos relacionamentos interpessoais e tomar decisões mais informadas.

Por que Desenvolver a Inteligência Emocional? O desenvolvimento da inteligência emocional tem um impacto significativo em todas as áreas da vida. Ao compreender melhor nossas emoções, podemos evitar reações impulsivas e tomar decisões mais ponderadas. Além disso, aprimorar a empatia nos permite estabelecer conexões mais genuínas com os outros e construir relacionamentos saudáveis e produtivos.

Passo a Passo para Desenvolver a Inteligência Emocional:

1. Autoconsciência: O primeiro passo é o autoconhecimento. Tire um momento para refletir sobre suas emoções em diferentes situações. Identifique os gatilhos que despertam sentimentos específicos e como você costuma reagir a eles.

2. Pratique o Mindfulness: O mindfulness é uma prática valiosa para se tornar mais consciente do momento presente. Experimente técnicas de meditação e respiração profunda para se conectar com suas emoções sem julgamento, aumentando sua capacidade de responder, em vez de reagir impulsivamente.

3. Identifique Padrões Emocionais: Ao analisar suas experiências passadas, identifique padrões emocionais que se repetem em diferentes situações. Ao compreender esses padrões, você pode começar a prever suas reações e, assim, adotar uma abordagem mais equilibrada.

4. Desenvolva Empatia: Pratique colocar-se no lugar dos outros e tente compreender suas emoções e perspectivas. A empatia fortalece os laços interpessoais e ajuda na resolução de conflitos de forma mais positiva.

5. Aprimore a Comunicação: Melhore suas habilidades de comunicação, ouvindo ativamente os outros e expressando suas próprias emoções de forma clara e respeitosa. Uma comunicação eficaz é essencial para construir relacionamentos saudáveis.

6. Gerencie o Estresse: Aprenda a lidar com o estresse de maneira saudável e construtiva. Encontre atividades que o ajudem a relaxar e a recarregar as energias, permitindo que você lide com situações desafiadoras com mais tranquilidade.

7. Desenvolva Resiliência Emocional: Cultive a capacidade de se recuperar de contratempos e desafios. Ao desenvolver resiliência emocional, você estará mais preparado para enfrentar adversidades e manter uma perspectiva otimista.

8. Pratique a Escuta Ativa: Quando estiver em uma conversa, ouça atentamente o que o interlocutor está dizendo e observe suas expressões não-verbais. A escuta ativa demonstra empatia e melhora a qualidade de suas interações.

9. Responda, Não Reaja: Antes de agir, tire um momento para refletir sobre suas emoções e as possíveis consequências de suas ações. Opte por respostas ponderadas e construtivas em vez de reações impulsivas.

10. Busque Feedback: Peça feedback a amigos, familiares ou colegas de confiança sobre como você lida com suas emoções e interações. O feedback construtivo pode ajudá-lo a identificar áreas para aprimorar sua inteligência emocional.

Desenvolver a inteligência emocional é um processo contínuo e enriquecedor que traz benefícios notáveis para todas as áreas de nossas vidas. Ao abraçar a jornada de autoconhecimento e práticas conscientes, podemos nos tornar seres mais equilibrados, empáticos e resilientes, preparados para enfrentar qualquer desafio que a vida nos apresente. Invista em seu crescimento emocional e descubra como a inteligência emocional pode abrir portas para um futuro mais gratificante e bem-sucedido.

Mindfulness: A chave para desenvolver a inteligência emocional no ambiente corporativo

No ambiente corporativo acelerado em que vivemos atualmente, os executivos enfrentam uma enorme pressão para lidar com desafios complexos, tomar decisões críticas e liderar suas organizações rumo ao sucesso. Nesse contexto, a inteligência emocional desempenha um papel fundamental na liderança eficaz e na promoção de uma cultura corporativa positiva. O mindfulness, uma prática profundamente enraizada na autoconsciência e no foco no momento presente, oferece  uma poderosa ferramenta para desenvolver a inteligência emocional. Ao adotar o mindfulness, podemos cultivar a autoconsciência, empatia e tomada de decisões eficazes, resultando em uma melhoria nos resultados da liderança e no sucesso organizacional.

Desenvolvimento da autoconsciência: O mindfulness serve como base para desenvolver a autoconsciência, um aspecto crucial da inteligência emocional. Ao praticar o mindfulness, pode-se cultivar uma compreensão profunda de suas próprias emoções, gatilhos e padrões de comportamento. Essa autoconsciência aprimorada permite que os líderes reconheçam seus pontos fortes, fraquezas e preconceitos, possibilitando que tomem decisões conscientes em vez de reagir impulsivamente. A autoconsciência também promove a autenticidade e a transparência, criando um ambiente em que os funcionários se sintam valorizados e compreendidos.

Cultivo da autorregulação: As práticas de mindfulness permitem que os executivos desenvolvam a autorregulação, uma habilidade vital para a liderança eficaz. Ao incorporar o mindfulness em suas rotinas diárias,  desenvolve-se  a capacidade de observar seus pensamentos e emoções sem julgamento ou reatividade imediata. Essa pausa entre o estímulo e a resposta capacita os líderes a regular suas reações emocionais, tomar decisões ponderadas e manter a compostura durante situações de alta pressão. A autorregulação também estabelece um exemplo poderoso para os funcionários, incentivando-os a gerenciar suas emoções de forma eficaz.

Fomento da empatia: A empatia é uma característica fundamental dos líderes emocionalmente inteligentes, e o mindfulness pode ser um catalisador para o seu desenvolvimento. Por meio das práticas de mindfulness,  e possível  cultivar uma conexão profunda com suas próprias emoções, promovendo a autocompaixão e a compreensão. Essa maior autoconsciência e autocompaixão, por sua vez, aprimoram sua capacidade de se colocar no lugar dos outros e compreender as experiências e emoções de seus funcionários. O mindfulness ajuda a se tornarem ouvintes ativos, criando uma cultura de comunicação aberta e promovendo a confiança dentro da organização.

Facilitação da tomada de decisões eficazes: O mindfulness aprimora a capacidade de tomada de decisões permitindo que façam escolhas a partir de um lugar de clareza e presença. Ao praticar o mindfulness, cultiva-se a habilidade de se desligar das distrações, focar no momento presente e acessar sua intuição. Essa maior percepção permite que os líderes considerem múltiplas perspectivas, avaliem riscos e tomem decisões alinhadas com seus valores e com os interesses de longo prazo da organização. A tomada de decisões consciente leva a resultados melhores, reduz o estresse e aumenta o engajamento dos funcionários.

Promoção da resiliência e bem-estar: As práticas de mindfulness promovem a resiliência e o bem-estar, contribuindo para sua inteligência emocional como um todo. Ao incorporar o mindfulness em suas rotinas, pode-se reduzir o estresse, melhorar sua capacidade de lidar com adversidades e manter um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal. Essa resiliência permite que os líderes enfrentem desafios com equanimidade, sirvam como exemplo positivo para suas equipes e promovam uma cultura corporativa que priorize o bem-estar dos funcionários. Executivos mindful estão mais atentos às suas próprias necessidades e às de seus funcionários, criando um ambiente que incentiva o crescimento e o florescimento de todos.

No ambiente corporativo, onde a excelência na liderança e a inteligência emocional são fundamentais para o sucesso, o mindfulness serve como uma prática transformadora. Ao incorporar o mindfulness em suas rotinas diárias, os executivos podem desenvolver a autoconsciência, autorregulação, empatia e habilidades eficazes de tomada de decisões. Isso, por sua vez, promove uma cultura corporativa positiva, melhora o engajamento dos funcionários e impulsiona o sucesso organizacional. Ao abraçar o mindfulness como um aspecto central da liderança,  habilitando os lideres  a navegar por desafios, inspirar suas equipes e criar um ambiente de trabalho que promova o bem-estar e o crescimento para todos.

Como o coach executivo pode ajudar a desenvolver mindfulness ?

O coach pode desempenhar um papel significativo no auxílio aos clientes a desenvolver o mindfulness, que é a prática de estar conscientemente presente no momento presente, com atenção plena e sem julgamentos. O mindfulness é uma ferramenta poderosa para aumentar a consciência, reduzir o estresse e melhorar o desempenho pessoal e profissional. Aqui estão algumas maneiras pelas quais o coach executivo pode ajudar os clientes a desenvolver o mindfulness:

  1. Educação sobre mindfulness: O coach pode fornecer informações e educação sobre o que é o mindfulness, seus benefícios e como pode ser aplicado na vida pessoal e no ambiente de trabalho. Isso ajudará os clientes a compreender a importância dessa prática e motivá-los a incorporá-la em suas rotinas diárias.
  2. Práticas guiadas: O coach pode conduzir sessões de prática de mindfulness com os clientes. Essas sessões podem incluir meditações guiadas, exercícios de respiração consciente e outras técnicas de atenção plena para ajudar os clientes a desenvolverem a habilidade de focar sua atenção no momento presente.
  3. Identificação de pontos de estresse: O coach pode ajudar os clientes a identificar os pontos de estresse em sua vida profissional e pessoal. O mindfulness pode ser aplicado para gerenciar melhor esses momentos de tensão, permitindo que os clientes mantenham a calma e abordem os desafios de forma mais equilibrada e eficaz.
  4. Autogerenciamento emocional: O mindfulness ajuda as pessoas a desenvolverem uma maior consciência de suas emoções e reações automáticas. O coach pode apoiar os clientes a reconhecerem suas respostas emocionais, entendê-las e escolherem reações mais adequadas em situações desafiadoras.
  5. Foco e produtividade: O coach pode orientar os clientes a aplicarem o mindfulness para melhorar seu foco e concentração no trabalho. Isso pode levar a um aumento da produtividade, eficiência e capacidade de tomar decisões mais acertadas.
  6. Autoconhecimento e autorreflexão: O mindfulness promove a autorreflexão e o autoconhecimento. O coach pode incentivar a pratica do mindfulness para desenvolverem uma compreensão mais profunda de suas habilidades, valores, pontos fortes e áreas de melhoria.
  7. Cultivo de relacionamentos interpessoais: O mindfulness também pode ser aplicado para melhorar os relacionamentos interpessoais e a comunicação. O coach ajuda os clientes a aplicarem a atenção plena nas interações com colegas, subordinados e superiores, o que pode melhorar a empatia, a escuta ativa e a resolução de conflitos.

Em suma, o coach executivo pode ser um facilitador valioso para ajudar os clientes a desenvolverem o mindfulness em suas vidas profissionais e pessoais. Ao fornecer orientação, suporte e práticas específicas, o coach pode capacitar os clientes a cultivarem uma mentalidade mais consciente, levando a um maior bem-estar e sucesso em suas carreiras e vidas em geral

Lideres se concentram muito nas mudanças de politicas e negligenciam o mindset.

Mindset “modelo mental”. A maneira como uma pessoa pensa. É a configuração dos seus pensamentos. Como enfrentaremos as mais diversas situações do cotidiano. Também é através dele que somos capazes de tomar decisões. O conjunto de ideias, crenças e valores que uma pessoa possui é responsável pelo seu mindset, que pode ser traduzida como modelo mental predominante. Esse modelo é responsável pela maneira como o indivíduo compreende, enxerga e julga tudo o que acontece em sua vida, motivando suas decisões e atitudes. Trata-se da percepção que cada um tem da realidade em que está inserido, norteando sua vida. 

A maioria dos CEOs que encontrei estavam ativamente envolvidos em significativas transformação de negócios. Na última década muitas empresas passaram por grandes processos de transformação e estatisticamente 75% delas não conseguiram melhorar o desempenho dos negócios, seja a curto ou longo prazo. Então, por que a transformação é tão difícil de realizar? Entre muitas potenciais explicações, aquela que recebe muito pouca atenção pode ser a mais fundamental: os medos e inseguranças invisíveis que nos mantêm presos a comportamentos, mesmo quando sabemos racionalmente que eles não nos servem adequadamente. Adicione a isso a ansiedade que quase todos os seres humanos experimentam diante da mudança.

No entanto, a maioria das organizações presta muito mais atenção à estratégias e execução do que ao o que seu pessoal está sentindo e pensando quando é solicitado abraçar uma transformação. A resistência, especialmente quando é passiva, invisível e inconsciente, pode inviabilizar até mesmo a melhor estratégia.  

As transformações geralmente são construídas em torno de novos elementos estruturais, incluindo políticas, processos, instalações e tecnologia. Algumas empresas também se concentram em comportamentos – definição de novas práticas, treinamento de novas habilidades ou solicitação de novos resultados. O que a maioria das organizações geralmente esquece é a mudança interna – o que as pessoas pensam e sentem – o que deve ocorrer para dar vida à estratégia. É aqui que a resistência tende a surgir – cognitivamente na forma de crenças fixas, suposições arraigadas e pontos cegos; e emocionalmente, na forma do medo e insegurança que a mudança gera. Tudo isso surge em nossa mentalidade, o que reflete como vemos o mundo, o que acreditamos e como isso nos faz sentir.

O processo de  transformação em uma empresa também depende da transformação de indivíduos – começando pelos líderes e influenciadores mais antigos. Apenas uma pequena minoria dos colaboradores  passam algum  tempo observando e entendendo suas próprias motivações, desafiando suas suposições ou indo além de suas zonas de conforto intelectual e emocional. O resultado é algo que a psicologia denomina como “imunidade à mudança”.  

O poder do mindset, repouso e renovação são essenciais para sustentar o alto desempenho. No entanto, a maioria das pessoas que lutaram para mudar seu comportamento quando voltaram ao trabalho repreenderam os comportamentos habituais. Eles continuam a equiparar o trabalho contínuo e as longas horas ao sucesso. 

A definição de transformação:  uma mudança profunda na estratégia, modelo de negócios, organização, cultura, pessoas ou processos de uma empresa – seja em toda a empresa ou dentro de uma unidade de negócios, função ou mercado específico. Uma transformação não é uma mudança incremental em algum aspecto do negócio, mas uma mudança fundamental destinada a alcançar uma melhoria sustentável e quântica no desempenho e, em última análise, um valor para o acionistas e investidores.


Recentemente, trabalhei com a equipe sênior de uma grande empresa de produtos de consumo que havia sido severamente afetada por concorrentes menores e mais ágeis que vendiam seus serviços diretamente aos consumidores. Em sua aparência, a equipe estava alinhada, focada e comprometida com uma nova estratégia multifacetada com um forte componente digital. Mas quando examinamos a mentalidade da equipe mais profundamente, descobrimos que eles compartilhavam várias crenças subjacentes, incluindo: “Tudo o que fazemos é igualmente importante”, “Mais é sempre melhor” e “Tem que ser perfeito ou não fazemos isto.” Eles resumiram essas crenças em uma única frase: “Se não continuarmos correndo o máximo que pudermos e prestarmos atenção a cada detalhe, tudo vai desmoronar.” Não é surpreendente que os líderes descobriram que estavam se esforçando demais para puxar o gatilho das novas iniciativas e se sentindo exaustos. O simples fato de trazer à tona esses custos e suas consequências se mostrou altamente valioso e motivador. Também foi lançado várias iniciativas para tratar dessas questões individual e coletivamente. No processo de coaching foi proposto um exercício simples com o objetivo de ajudar os líderes a definir suas três maiores prioridades. Em seguida, foi conduzido a  um exercício estruturado, incluindo pesquisar em seus calendários para avaliar se eles estavam usando seu tempo da melhor forma, incluindo reservar um tempo para renovação. Esse processo os levou a examinar mais conscientemente por que estavam trabalhando de maneira autodestrutiva. Também foi desenvolvido uma plataforma onde os líderes concordaram em compartilhar regularmente seu progresso na priorização, bem como quaisquer sentimentos de resistência que estavam surgindo e como eles os administraram. O trabalho deles está em andamento, mas entre os sentimentos mais comuns que as pessoas relataram foram libertação e alívio. Seus piores temores não se concretizaram.

Vários fatores normalmente mantêm o mindset. A primeira é que muito disso fica profundamente enraizado no início de nossas vidas. Com o tempo, tendemos a desenvolver viés de confirmação, sempre buscando evidências que reforcem o que já acreditamos e minimizando ou descartando o que não acreditamos. Também fomos projetados, tanto geneticamente quanto instintivamente, para colocar nossa segurança em primeiro lugar e evitar correr muitos riscos. Em vez de usar nossa capacidade de pensamento crítico para avaliar novas possibilidades, frequentemente cooptamos nosso córtex pré-frontal para racionalizar escolhas que foram realmente impulsionadas por nossas emoções.

Tudo isso explica por que a transformação mais eficaz começa com o que está acontecendo dentro das pessoas – e especialmente os líderes mais antigos, dada sua autoridade e influência desproporcionais. Seu desafio é voltar deliberadamente a atenção para dentro, a fim de começar a perceber os padrões fixos em seu pensamento, como eles estão se sentindo em um determinado momento e com que rapidez o instinto de autopreservação pode sobrepujar a racionalidade e uma perspectiva de longo prazo, especialmente quando as apostas são altas. Os líderes também têm um impacto descomunal na mentalidade coletiva – ou seja, na cultura organizacional. À medida que começam a mudar a maneira como pensam e sentem, são mais capazes de modelar novos comportamentos e se comunicar com os outros de forma mais autêntica e persuasiva. Até mesmo funcionários altamente resistentes a mudanças tendem a seguir seus líderes, simplesmente porque a maioria das pessoas prefere se encaixar em vez de se destacar.

Em última análise, a transformação pessoal requer coragem para desafiar a zona de conforto atual e tolerar esse desconforto sem exagerar.

Uma das ferramentas mais eficazes que descobri é uma série de perguntas provocativas que faço aos líderes e suas equipes para construir uma prática em torno de perguntar a si mesmos:

“O que eu não estou vendo?

“O que mais é verdade?”

“Qual é a minha responsabilidade nesta situação?”

“Como minha perspectiva está sendo influenciada por meus medos?”

Uma grande estratégia continua sendo fundamental para a transformação, mas a execução bem-sucedida também requer trazer à tona e lidar continuamente com as razões invisíveis pelas quais as pessoas e culturas frequentemente resistem à mudança, mesmo quando a maneira como estão trabalhando não está funcionando.

A arte da persuasão

Idéias são a moeda do século XXI.

Pensamento analítico e inovação, aprendizagem ativa e estratégias de aprendizagem,  criatividade, originalidade e iniciativa; Considerando a importância da imaginação, inovação, colaboração e a capacidade de compreender várias perspectivas para cada uma delas, isso define a colaboração criativa como a base das três principais habilidades futuras. 

A capacidade de persuadir, mudar corações e mentes, talvez seja a maior habilidade que lhe dará uma vantagem competitiva na economia do conhecimento – uma época em que as idéias são mais importantes do que nunca. Alguns economistas acreditam que a persuasão é responsável por gerar um quarto ou mais da renda nacional total da América. À medida que nossa economia evoluiu de uma agrária para uma industrial, para uma baseada no conhecimento, pessoas bem-sucedidas em quase todas as profissões tornaram-se capazes de convencer os outros a agir sobre suas idéias. Pense no papel da persuasão em nossas vidas diárias: Os empresários convencem os investidores a apoiar suas startups. Os candidatos a emprego convencem os recrutadores a contratá-los. Os políticos convencem as pessoas a votar nelas. Os líderes convencem os funcionários a engajar planos de ação específicos. Os CEOs convencem os analistas a escrever relatórios favoráveis sobre suas empresas. Os vendedores convencem os clientes a escolherem seu produto em detrimento da oferta de um concorrente. Em resumo, a persuasão não é mais um “soft skills” – é uma habilidade fundamental que pode ajudá-lo a atrair investidores, vender produtos, criar marcas, inspirar equipes e desencadear movimentos. A persuasão é tão importante para o bilionário Warren Buffett que é o único diploma que ele orgulhosamente exibe em seu escritório, é um certificado de oratória de um curso da Dale Carnegie. Certa vez, ele disse aos estudantes de administração de empresas que melhorar suas habilidades de comunicação aumentaria seu valor profissional em 50% – instantaneamente. Palavras e idéias criaram o mundo moderno, e palavras e idéias têm o potencial de fazer de você uma estrela em seu campo, desde que você possa convencer alguém a agir de acordo com elas. Seguir as táticas de um filósofo grego antigo pode ajudar. Há mais de 2.000 anos atrás, Aristóteles esboçou uma fórmula sobre como dominar a arte da persuasão em sua obra Retórica. Muitos dos grandes comunicadores o usaram ao longo do tempo para fazer dos seus discursos e apresentações mais influentes, compartilhando suas idéias com o mundo. Para se tornar um mestre em persuasão e vender com sucesso suas próprias idéias, tente usar esses cinco dispositivos retóricos que Aristóteles identificou em seu próximo discurso ou apresentação:


1) Ethos ou “personagem”
O ethos representa a parte de um discurso ou apresentação quando seu público-alvo obtém alguma percepção da sua credibilidade. Aristóteles acreditava que, se as ações de um palestrante não apoiassem suas palavras, elas perderiam credibilidade e, enfim, enfraqueceriam seus argumentos. Por exemplo, em um famoso TED Talk sobre reforma do sistema de justiça criminal, o procurador de direitos humanos Bryan Stevenson começa: “Passo a maior parte do meu tempo em cadeias, penitenciárias, no corredor da morte. Passo a maior parte do meu tempo em comunidades de baixa renda nos projetos e lugares onde há muita desesperança. ” Você notará que Stevenson não lista seus diplomas, realizações e prêmios como ele poderia fazer em um currículo. Em vez disso, ele estabelece seu caráter para aqueles na platéia que não o conhecem. Ao fazer isso, ele está construindo um senso de confiança entre ele e seus ouvintes. Como seres humanos, estamos empenhados em procurar razões para confiar em outra pessoa, e fazemos isso rapidamente. Afinal, nossos ancestrais tiveram um instante para determinar se um estranho era amigo ou inimigo. Um simples lembrete de que você está comprometido com o bem-estar de outras pessoas aumentará sua credibilidade antes de apresentar seu argumento.


2) Logos ou “Motivo”
Depois que o ethos é estabelecido, é hora de fazer um apelo lógico à razão. Por que seu público se preocupa com a sua ideia? Se economizar o dinheiro do seu público-alvo, por exemplo, eles vão querer saber quanto isso os salvará e como a economia será realizada. O mesmo raciocínio se aplica a ganhar dinheiro. Como sua idéia ajudará seus ouvintes a obter lucro? Que passos eles devem seguir? Todos esses são recursos lógicos que ajudarão você a obter suporte. Use dados, evidências e fatos para formar um argumento racional.


3) Pathos ou “Emoção
Segundo Aristóteles, a persuasão não pode ocorrer na ausência de emoção. As pessoas são levadas à ação pela maneira como um orador as faz sentir. Aristóteles acreditava que a melhor maneira de transferir emoções de uma pessoa para outra é através do dispositivo retórico da narrativa. Mais de 2.000 anos depois, os neurocientistas descobriram sua tese precisa. Estudos descobriram que as narrativas desencadeiam uma onda de neuroquímicos no cérebro, notadamente chamada ocitocina, a “molécula moral” que conecta as pessoas em um nível emocional mais profundo. Em uma análise das 500 palestras TED mais populares de todos os tempos, descobre que as histórias compunham 65% do discurso médio dos oradores, das quais 25% foram para logos e 10% para ethos. Em outras palavras, a fórmula vencedora para uma palestra popular sobre TED é envolver a grande idéia em uma história. Que tipo de história? O curador do TED, Chris Anderson, explica: “As histórias que podem gerar a melhor conexão são histórias sobre você pessoalmente ou sobre pessoas próximas a você. Contos de fracasso, constrangimento, infortúnio, perigo ou desastre, contados com autenticidade, aceleram um profundo envolvimento. ” O conteúdo mais pessoal é o mais relacionável.


4) Metáfora
Aristóteles acreditava que a metáfora confere à linguagem sua beleza verbal. “Ser um mestre em metáforas é a melhor habilidade que pode adquirir”, escreveu ele. Quando você usa uma metáfora ou analogia para comparar uma nova idéia com algo familiar ao seu público, ela esclarece sua idéia, transformando o abstrato em algo concreto.Vamos voltar ao exemplo de Warren Buffett, um dos praticantes mais persuasivos da persuasão. Buffett raramente dá uma entrevista sem usar a metáfora para argumentar. Quando você ouve investidores dizerem que procuram empresas cercadas por um fosso, por exemplo, é uma referência a uma metáfora popular que ele estabeleceu. Buffett disse repetidamente que procura empresas que são “castelos econômicos” cercados por fossos que dificultam a entrada de concorrentes no setor. Mais recentemente, Buffett fez um discurso na assembléia anual da Berkshire Hathaway em 2017, afirmando que o crescimento dos gastos com saúde é a “tênia” da economia americana. Por meio dessa metáfora visceral, Warren descreveu com precisão um sério problema corroendo a base do nosso sistema econômico. Buffett não precisou explicar o que acontece quando a tênia cresce. Jornais e blogs que cobriam o evento usavam “tênia” em suas manchetes. Aqueles que dominam a metáfora têm a capacidade de transformar palavras em imagens que ajudam os outros a entender melhor suas idéias – porem, mais importante, lembre-se e compartilhe-as. É uma ferramenta poderosa.


5) Brevidade
Aqui, novamente, Aristóteles estava à frente de seu tempo. “Aristóteles descobriu que existem limites bastante universais para a quantidade de informações que qualquer ser humano pode absorver e reter”, escreve Edith Hall, professora do Kings College, sobre Aristóteles. “Quando se trata de persuasão, menos é sempre mais.” A brevidade é um elemento crucial para fazer um discurso persuasivo. Um argumento, disse Aristóteles, deve ser expresso “da maneira mais compacta e no menor número possível de palavras”. Ele também observou que a abertura do discurso de uma pessoa é o mais importante, já que “a atenção diminui em todos os outros lugares, e não no começo”. A lição aqui é: comece com o seu ponto mais forte.
A boa notícia para os comunicadores é que Aristóteles acreditava que a persuasão pode ser aprendida. De fato, de acordo com a elite culta, ele era visto como “bastante ameaçador” para a classe política na Grécia antiga quando disponibilizou as ferramentas da retórica para as massas. Eles queriam manter a fórmula em segredo. Mas Aristóteles queria que todos tivessem acesso. Ele defendeu a ideia de que a capacidade de uma pessoa para falar e escrever bem e usar dispositivos retóricos para mudar a perspectiva de outras pessoas poderia liberar o potencial humano e maximizar a felicidade. Enquanto as ferramentas que usamos para comunicar idéias mudaram nos últimos dois mil anos, o cérebro humano não mudou. A mesma fórmula que funcionou então funcionará agora.

Para Melhorar Sua Equipe, primeiro desenvolva a sua inteligencia emocional.

Recentemente, eu estava reunindo com um CEO e a sua equipe de liderança, observando-os enquanto discutiam como melhorar seu processo de planejamento anual. Enquanto a equipe explorava seu processo atual, a conversa esquentou. A equipe estava conversando há 45 minutos, mas não estava claro quem estava liderando a discussão ou quais eram seus objetivos. Muitos comentários estavam  fora do tópico e não se aproximavam  das respostas. Pausei a reunião e fiz a seguinte pergunta: como vocês estão reagindo a essa conversa e o que em vocês está causando a sua reação? Fui recebidos com olhares em branco. Eles pediram para repetir a pergunta, aparentemente surpresos por ter pedido a eles que se responsabilizassem por suas reações. Certamente, tinha a intenção de perguntar a eles o que todo mundo estava fazendo de errado na conversa, certo? Líderes e colegas de equipe geralmente  dizem que sua equipe é “disfuncional” e pedem para ajudar a identificar e corrigir o problema. Quando aprofundamos e peço que descrevam o que estão observando em detalhes, normalmente ouço que certos membros da equipe são problemáticos e precisam mudar seu comportamento. Também ouço declarações vagas sobre “eles” (todos os outros) não saberem como operar com eficiência. Como profissional experiente no desenvolvimento de equipes, sei que essas não são avaliações precisas ou úteis na situação. As equipes são sistemas complexos de indivíduos com diferentes preferências, habilidades, experiências, perspectivas e hábitos. As chances de melhorar esse sistema complexo de maneira significativa e sustentável são maiores se todos os membros da equipe – incluindo o líder – aprenderem a dominar essas três capacidades fundamentais: a autoconsciência interna, autoconsciência externa e responsabilidade pessoal.

Autoconsciência interna. Uma vez em uma sessão de coaching perguntei a um executivo como ele estava sentindo em uma situação desafiadora. Ele respondeu: “Você quer dizer minhas emoções? Sou engenheiro e não penso em emoções. ” Ele então mudou de assunto. Esse executivo não possuía conhecimento da autoconsciência interna. A autoconsciência interna envolve a compreensão de seus sentimentos, crenças e valores – sua narrativa interna. Quando não nos entendemos, é mais provável que sucumbamos ao erro de atribuição fundamental de acreditar que os comportamentos dos outros são o resultado de intenção ou caráter negativo (“ele estava atrasado porque não se importa com o compromisso”) e acreditar que nossos comportamentos são causados pelas circunstâncias (“eu estava atrasado por causa do tráfego”). Os colegas de equipe com baixa autoconsciência interna normalmente vêem suas crenças e valores como “a verdade”, em oposição ao que é verdadeiro para eles com base em seus sentimentos e experiências passadas. Eles podem deixar de reconhecer que outros podem ter perspectivas igualmente válidas. Vejamos outro exemplo: Manuel, um líder com  baixa consciência interna e sua colega Tara. Em uma reunião de planejamento de produtos, Tara, uma profissional com perfil visionário, disse: “Precisamos pensar nesse plano no contexto da nossa estratégia mais ampla.” Manuel, um líder focado na execução, tem uma reação inconsciente de raiva e frustração. Ele prefere se concentrar no plano detalhado e na execução. Mas, em vez de reconhecer seu estilo de pensamento diferente como a causa de seu desconforto e a raiz de sua crença de que a estratégia não é importante, ele confidencia  em particular que Tara não entende a situação, é irritante e não é a pessoa certa para este projeto. Mais tarde, ele diz a outro colega que ela deve ser retirada da equipe. Isso é uma perda para todos. Tara é incompreendida, desvalorizada e possivelmente dispensada. Manuel não amplia sua perspectiva ou aprende a operar com pessoas que pensam de maneira diferente do que ele. A boa notícia é que a autoconsciência interna pode ser aprendida. Para começar, você – como líder ou colega de equipe – pode pausar, refletir e considerar suas respostas a essas perguntas quando se encontrar em cenários desafiadores ou com alta carga emocional.

  • Que emoções estou experimentando?
  • O que estou assumindo sobre a outra pessoa ou a situação?
  • Quais são os fatos vs. minhas interpretações?
  • Quais são meus valores fundamentais e como eles podem impactar minhas reações?

Se você reservar um tempo para considerar suas respostas e resistir ao impulso de se apressar para obter uma resposta, poderá aprender muito sobre si mesmo. Como William Deresiewicz, autor de Solidão e Liderança, disse em um discurso em West Point, “O primeiro pensamento nunca é o melhor pensamento”.

Autoconsciência externa. A autoconsciência externa envolve entender como nossas palavras e ações afetam os outros. A maioria dos líderes e colegas de equipe não tem ideia de como seus comportamentos afetam seus colegas. Como resultado, é difícil para eles reconhecerem e aproveitarem os pontos fortes que os tornam companheiros de equipe produtivas, além de identificar e corrigir comportamentos que impactam negativamente a equipe. Sem esse conhecimento, eles não podem melhorar. Uma maneira de começar a desenvolver  autoconsciência externa é observar as reações dos outros durante as discussões. Alguém levantou a voz? Parou de falar? Gestos? Levantou-se da mesa? Sorriu? Você pode coletar algumas informações valiosas dessa maneira. Você também deve estar atento ao fato de que chegará a algumas conclusões imprecisas. Nessas situações, lembre-se de que você está interpretando por que os colegas reagem da maneira que eles reagem, e essas interpretações serão influenciadas por suas crenças e experiências pessoais. Prestar atenção à sua autoconsciência interna e considerar como você chegou às suas conclusões iniciais ajudará muito. Uma abordagem mais direta é solicitar aos colegas de equipe um feedback específico e direto:

  • O que estou fazendo nas reuniões de equipe que é útil?
  • O que estou fazendo que não ajuda?
  • Se você pudesse mudar como eu interajo com a equipe, o que seria?

Isso pode parecer arriscado e desconfortável, mas é a única maneira de obter dados precisos sobre o impacto de suas palavras e ações. Em termos de tempo, você deve avaliar cuidadosamente se é aditivo à discussão em questão pedir feedback no momento ou se é melhor perguntar mais tarde. Por exemplo, em uma conversa individual com um colega de confiança, provavelmente não há problema em fazer uma pausa e perguntar. No entanto, em uma grande reunião de equipe, pausar a conversa para obter feedback pessoal pode ser prejudicial ao que sua equipe está tentando realizar.

Responsabilidade pessoal. Quando pensamos em responsabilidade, normalmente pensamos em responsabilizar os outros. Mas os líderes e colegas de equipe eficazes estão mais focados em se responsabilizar. Como a autoconsciência, isso parece fácil, embora raramente é. Quando confrontados com um desafio ou desconforto, muitos de nós estabelecemos padrões prejudiciais: culpar ou criticar os outros, defender-se, fingir confusão ou evitar completamente o problema. Se uma equipe não estiver trabalhando em conjunto, é bem provável que todos os membros da equipe estejam contribuindo para dificultar de alguma forma, e cada um deles pode estar assumindo uma responsabilidade pessoal para tornar a equipe mais eficaz. Para ser um líder ou colega de equipe pessoalmente responsável,  siga estas etapas:

  1. Reconheça quando houver um problema. Às vezes, essa é a parte mais difícil, porque preferimos desviar do problema ou falar sobre como estamos ocupados. Resista ao desejo de fazê-lo.
  2. Aceite que você faz parte do problema. Você está absolutamente contribuindo para a situação.
  3. Assuma a responsabilidade pessoal de resolver o problema.
  4. Fique com ele até que o problema esteja completamente resolvido.

Voltando ao exemplo do Manuel – se ele estivesse praticando a responsabilidade pessoal, ele primeiro reconheceria que tinha algum conflito com Tara que estava afetando a capacidade da equipe de criar um plano sólido. Ele teria a mentalidade de aceitar que estava contribuindo para o conflito, comprometido em trabalhar em um relacionamento mais produtivo com Tara, e evitado a tentação de tirar conclusões precipitadas e falar pelas costas dela. Uma pequena mudança de mentalidade afetará diretamente o comportamento e pode ter um impacto positivo significativo em toda a equipe.

Tomando uma ação. Na maioria das equipes, uma resposta típica à frustração é “minha colega de equipe é irritante”. Mas quando uma líder ou colega de equipe eficaz fica frustrada, ela coloca estas dicas em prática:

  • Explorar suas reações, considerando suas emoções, crenças e valores, e se pergunta o que nela está causando essa reação (autoconsciência interna).
  • Considera o impacto que ela pode estar causando nos outros por observação ou investigação (autoconsciência externa).
  • Avalia como ela está contribuindo para a situação e faça uma escolha consciente sobre como reagir para melhorar os resultados da equipe (responsabilidade pessoal).

A maioria das equipes com as quais trabalho aprendem a operar com mais eficiência, construindo e fortalecendo esses três recursos ao longo do tempo. Mudar a maneira como processamos informações e respondemos requer não apenas o aprendizado dessas novas habilidades, mas também a demonstração delas por tempo suficiente para formar novos hábitos. Colegas de equipe eficazes acreditam que, às vezes, é preciso ir devagar para ir rápido. Eles investem tempo e  energia necessários para desenvolver essas habilidades fundamentais, para poderem enfrentar melhor as difíceis oportunidades de negócios e os desafios que enfrentam.

Coaching para mudança

Mudar é difícil. Pergunte a qualquer um que tentou mudar de carreira, desenvolver uma nova habilidade, melhorar um relacionamento ou quebrar um mau hábito. E, no entanto, para a maioria das pessoas, a mudança será necessária em algum momento – um passo crítico para atingir seu potencial e alcançar seus objetivos, tanto no trabalho como em casa. Eles precisarão de suporte nesse processo. Eles precisam de um coach. É aí que você entra. Seja você um chefe ou um colega, um amigo ou um cônjuge, introvertido ou extrovertido, emocional ou analítico, alto ou baixo no totem, você pode aprender como facilitar a mudança na vida daqueles ao seu redor. Como coach profissional, trabalho com executivos em várias etapas da carreira, funções, indústrias e países. Também passei a década passada investigando como o coaching funciona e treinando outras pessoas para fazê-lo. Realizei dezenas de estudos longitudinais e experimentos de campo para identificar estratégias baseadas em evidências, e estou compartilhando-as aqui para garantir que mais pessoas estejam equipadas para ajudar outras pessoas a se tornarem melhores. Em 1970, uma teoria da mudança intencional tornou-se cânone na psicologia e na ciência da administração. Mudança intencional envolve visualizar o “Eu”  ideal (quem você deseja ser e o que deseja fazer em seu trabalho e vida); explorar o Eu real (as lacunas que você precisa preencher e os pontos fortes que o ajudarão a fazê-lo); desenvolver uma agenda de aprendizado (um roteiro para transformar aspirações em realidade); e depois experimentando e praticando (com novos comportamentos). Ótimos coaches ajudam as pessoas nesse processo. Observe que usei a termo “ajudar”, não “guiar”, “liderar”, “empurrar” ou “puxar”. Você não está lá para dizer o que fazer. Você está aqui para fazer boas perguntas e ouvir atentamente, oferecer compaixão e empatia,  explorar a visão individual de uma pessoa e construir um relacionamento atencioso. Seu trabalho é ajudar alguém a fazer uma mudança, e como você faz isso é muito importante. Você está aqui para ajudar a identificar as oportunidades de aprendizado, ajudar a estabelecer as bases e ampliar a visão, apontar pontos cegos. Essa estrutura permitirá que você atue como suporte, nos desafios que variam de:  grandes (não estou satisfeito com a minha carreira) a relativamente pequenos (eu gostaria de interagir com as pessoas de maneira diferente). 
Aqui está como o processo de coaching funciona:
Descubra a oportunidade
Se você prestar atenção, começará a encontrar o que eu chamo de “momentos possíveis” – oportunidades para ajudar as pessoas no seu desenvolvimento. Às vezes, as pessoas sabem que precisam mudar, o desafio é evidente. Elas recebem uma promoção, são convidadas para liderar um projeto significativo ou recebem algum feedback de que sua abordagem precisa ser reformulada. Em outros casos, elas recebem uma chamada para despertar: perdem o emprego com a redução de quadro mais recente, recebem um diagnóstico de saúde assustador ou atingem um marco importante no aniversário. Mas muitas vezes elas podem ter apenas um senso vago ou nenhuma idéia de que as coisas não estão certas em suas vidas. Vejamos as experiências de dois executivos: A primeira, Marta Villers, foi chefe de pesquisa e desenvolvimento de uma grande empresa de bens de consumo e supervisionou 60 engenheiros e cientistas. Como líder, ela era dirigida e direcionava. Seu foco era resolver problemas imediatos e ela obtinha resultados. Mas quando seu gerente pediu que ela se matriculasse em um programa de desenvolvimento de liderança corporativa, ela começou a se perguntar se seu estilo transacional e sem sentido estava realmente ajudando-a a obter o melhor desempenho de sua equipe. O segundo exemplo, o executivo Rob Luis, era gerente de contas corporativas dos negócios de sua família, uma empresa que prestava serviço de resposta a emergências ambientais e estava a caminho de suceder seu pai como presidente. Ele até se matriculou em um curso executivo de MBA para aprimorar suas habilidades de liderança. Mas ele estava se sentindo cada vez mais desconfortável. Nos dois casos, a oportunidade de aprendizado foi clara. Marta era uma gerente de destaque que esperava chegar ao C-suite, mas ainda não havia desenvolvido um estilo de liderança inspirador. Rob nunca havia pensado ou decidido sobre sua carreira ideal. Ele acabou de seguir o indicado para ele e, se você perguntasse sobre a substituição do pai, a falta de entusiasmo genuíno surgia. Ele precisava descobrir a paixão por seu trabalho. Criticamente, Marta e Rob também estavam prontos para crescer. Ambos estavam finalmente dispostos a olhar para um aspecto importante de suas vidas de maneira nova ou diferente. Quando você pensa em investir em treinar alguém, precisa se perguntar: esse indivíduo está aberto a mudanças? Ele está disposto a se envolver na reflexão e na experimentação necessárias para que isso aconteça? Uma pesquisa realizada por Bruce Avolio, da Foster School of Business da Universidade de Washington, e Sean Hannah, da Wake Forest University, mostra que é útil que as empresas avaliem e às vezes aumentem a disponibilidade dos funcionários que escolheram para o desenvolvimento de liderança; caso contrário, não será tão eficaz.
Defina as bases
Numerosos estudos mostraram que as pessoas tendem a alcançar mais, de maneira mais sustentável, quando estão em um estado positivo, tanto psicológica quanto fisicamente. Como você pode colocar alguém na mentalidade certa? Coaching com compaixão. Você começa mostrando genuíno cuidado e preocupação com a outra pessoa, para que vocês dois possam construir o que chamamos de “relacionamento ressonante”. Você também precisa demonstrar curiosidade – fazendo perguntas exploratórias e abertas, projetadas para ajudar a pessoa a perceber a sua ou a visão pessoal dela, que se torna o contexto para trabalhar juntos. Infelizmente, quando confrontados em um momento acolhedor, a maioria de nós costuma fazer o oposto. Detalhamos o problema e, em seguida, oferecemos conselhos e soluções. Como um engenheiro que virou executivo de marketing, uma vez disse: “Quando as pessoas me procuram com um problema, eu vejo o problema, não a pessoa. Na verdade, vejo as pessoas como plataformas que geram problemas! ”Isso é coaching  para conformidade, pode ser eficaz para ajudar alguém a atingir uma meta específica predeterminada, como ganhar uma promoção. Mas quando se trata de objetivos comportamentais mais amplos, como se tornar um líder dinâmico ou um ótimo ouvinte ou encontrar um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, essa estratégia é menos eficaz. Pode desencadear uma resposta ao estresse que dificulta e não ajuda a progredir. Descobri que coaching  alunos para o complacência  – com ênfase nas metas e nos desafios que precisavam superar – ficaram sentindo-se “culpados e autoconscientes”. Coaching que, em vez disso, focava em sonhos pessoais e em como as pessoas poderiam alcançá-los, em contraste , provocou emoções positivas e foi considerado pelos sujeitos do estudo como “inspirador e atencioso”. Além disso, os estudos de neuroimagem mostraram que isso ajudava a ativar áreas de seus cérebros associadas à abertura a novas idéias, mudanças e aprendizado.
Coaching  compassivo continua com a descoberta do eu ideal – fazendo com que a pessoa que você está ajudando a falar sobre seus valores, paixões, identidade e esperanças para o futuro. Isso exige que você anule seus próprios preconceitos, suposições e experiência, e se envolva no que o professor do MIT, Ed Schein, chamou de “investigação humilde”. Você deve demonstrar interesse sincero pela pessoa, transmitir empatia por sua situação, comunicar seu profundo desejo para ajudar e, em seguida, permita que ele faça pelo menos 80% das conversas.
Por exemplo, eu  perguntei  a Marta: Quem você é no seu melhor? Que tipo de líder você quer ser? Como você deseja que outras pessoas na organização a vejam? Como é o sucesso para você? Que posição você quer alcançar? Eu perguntei ao Rob: Que tipo de trabalho você se sente atraído a fazer? O que lhe dá a maior energia e emoção quando você pensa sobre o seu futuro? O que você realmente quer fazer e como isso difere do que você acha que deve fazer? Daqui a vinte anos, o que você gostaria de dizer que realizou? (E a melhor última pergunta é sempre: que outras idéias vêm à sua mente quando você pensa sobre isso?)
Comparei os resultados de uma experiência de coaching centrada nessa visão de um futuro positivo com os de coaching que se concentraram no progresso da carreira e incentivaram as pessoas a resolver seus problemas atuais. Descobri que os participantes que experimentaram o primeiro tipo de coaching  se sentiram mais felizes, expressaram aspirações mais elevadas, estavam dispostos a exercer um esforço significativamente maior na busca de seus objetivos e encontraram mais alegria em fazê-lo.
Aconselho a todos meus coachees  de encerrar as discussões sobre o eu ideal – geralmente envolvem várias conversas – criando uma declaração de visão pessoal. (Dewitt Jones, um proeminente coach corporativo, chega a pedir que seja resumido em uma frase curta de seis ou mais palavras e depois memorizado e repetido como um mantra diário.) Essa prática mantém as pessoas focadas em seu desejo de mudar , em vez da obrigação deles. A declaração de visão pessoal de Marta era “Viva livremente, de boa saúde, com integridade, em um futuro repleto de amor e esperança.” Rob era “Aproveite a liberdade de viajar pelo mundo, conhecer pessoas interessantes e seguir uma vida emocionante cheia de paixão e de aprendizagem.” Em seguida, você deseja orientar a uma avaliação precisa do seu verdadeiro eu. Não se trata apenas de listar pontos fortes e fracos. E certamente não envolve destacar lugares onde a pessoa precisa de melhorias. O professor de Babson, Scott Taylor, que estuda a autoconsciência há décadas, sugere que ela tem dois componentes: o que as pessoas sabem sobre si mesmas e a compreensão de como os outros as experimentam e pensam. O objetivo aqui é identificar as áreas em que as percepções do seu coachee diferem das dos outros e, ainda mais criticamente, onde o seu eu ideal e o seu eu real estão alinhados ou não. https://youtu.be/FClv1h4L1H8
O feedback formal ou informal de 360 graus pode ser útil. O mesmo se aplica a perguntas adicionais, sem influencia-lo e sem julgamento, especialmente aquelas que se concentram nas melhores qualidades da pessoa e em como elas podem ser aproveitadas. Mesmo ao discutir áreas de desenvolvimento, é importante manter um estado emocional positivo. Como Andrew Carnegie disse uma vez: “Os homens são desenvolvidos da mesma maneira que o ouro é extraído. Quando o ouro é extraído, várias toneladas de sujeira devem ser movidas para obter uma onça de ouro, não se entra na mina à procura de sujeira; se entra em busca de ouro.
Eu recomendo capturar em um “balanço pessoal”. Ao elaborá-lo, as pessoas devem considerar não apenas seus pontos fortes e fracos atuais, mas também suas qualidades mais distintas e características duradouras – seus traços, hábitos e competências que se mantiveram firmes ao longo do tempo. Isso permite esclarecer o que está indo bem e o que pode precisar mudar em relação à visão de longo prazo. Marta reconheceu que, embora destacasse manter a compostura em momentos difíceis e ler a dinâmica do poder em toda a organização, não demonstrava adequadamente o cuidado e a empatia pelos outros que realmente sentia. Rob percebeu que seu forte era visionário e se adaptava facilmente a diversos ambientes – e que não queria continuar subordinando seus próprios sonhos às obrigações percebidas e às expectativas dos outros. Em seguida, vem a agenda de aprendizado. Como exatamente se moverá do ponto A para o ponto B? Novamente, defendo um foco nas forças, paixões e valores existentes. Pergunte como o conhecimento, as habilidades e as características que já possui podem ser usados para fechar quaisquer lacunas relevantes e que mudança de comportamento está mais animado a  experimentar.
A agenda de aprendizado não é um plano de melhoria de desempenho projetado para solucionar deficiências; esse parecem obrigações  e inibem o processo de desenvolvimento. A idéia é deixar as pessoas se sentindo energizadas e capacitadas para melhorar. Marta decidiu que queria ser mais treinadora e menos comandante e tornar-se mais consciente emocionalmente e atenta aos outros. As prioridades de Rob incluíam integrar mais plenamente suas paixões pessoais com seus objetivos profissionais, desenvolver relacionamentos mais fortes com pessoas-chave dentro e fora do negócio, e reservar um tempo para refletir sobre o que era mais importante para ele na vida. Isso incluiu atividades como corridas, artes marciais e outros esportes; trabalhar com grupos de jovens; jantares  e encontros com amigos, familiares e colegas de trabalho; e intervalos ocasionais prolongados fora de casa e do escritório.
Veja com profundidade
Os esforços para mudança de qualquer tipo requerem tempo e energia. Até os melhores planos às vezes fracassam ou demoram um pouco para dar certo. Pesquisa realizada por Phillippa Lally e seus colegas da University College London descobriram que são necessários 18 a 254 dias para formar um novo hábito. A construção de habilidades, o gerenciamento de relacionamentos e a mudança de carreira exigem compromissos ainda maiores, com muitas pausas e partidas. Portanto, uma grande parte do trabalho de um coach é manter as pessoas progredindo na direção certa – experimentando novos comportamentos, testando táticas diferentes e, em seguida, praticando e aperfeiçoando aqueles que se mostram mais eficazes.
Focando em seus objetivos de aprendizado, Marta participava das sessões de coaching para analisar o progresso. Ela se empenhou  para sair do seu “sempre ocupado” modo de resolver problemas e tornar-se mais acessível, gentil e brincalhona com sua equipe. Ela se comprometeu a passar mais tempo com seus subordinados diretos, em um esforço para entender melhor suas experiências e logo estabeleceu relacionamentos mais autênticos. Rob também fez o check-in periodicamente para revisar seu progresso e discutir certos problemas não reconciliados. Mas foram necessárias longas férias no exterior – ou seja, o tempo para uma profunda reflexão que desejara profundamente – para que as coisas finalmente se encaixassem. Pouco tempo depois, ele deixou o negócio da família e fundou sua própria empresa de sucesso. Uma grande parte do trabalho de um coach é ajudar as pessoas a experimentar novos comportamentos. Aprender, crescer e mudar a identidade e os hábitos não é um ato individual. É tão desafiador que as pessoas que você ajuda  precisarão de suporte contínuo não apenas de você, mas também de um círculo extenso de outras pessoas. Kathy Kram, professora emérita da Questrom School of Business da Universidade de Boston, e Monica Higgins, da Escola de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Harvard, chamam esse círculo de “uma rede de desenvolvimento”. Recomendamos que os coachees criem uma diretoria pessoal composta de modelos de tipos de comportamentos a que aspiram. A idéia é identificar um grupo de pessoas que têm interesse no sucesso final de um indivíduo e pode servir como fonte de inspiração e, às vezes, até de responsabilidade.
Se você é um líder de equipe, o coaching  em pares é outra opção poderosa. Se você ajudar outras pessoas na estrutura de mudança intencional, elas podem servir como catalisadores compassivos, vendo seus colegas através da transformação que iniciaram e talvez até ajudando-os a identificar e embarcar na próxima. Descobri que as relações entre pares funcionam bem, mas o mesmo acontece com pequenos grupos de cinco a 12 pares. Quando um meu cliente,  diretor de RH de uma empresa  trouxe o coaching  entre colegas para sua empresa, ele pediu a cada pessoa que se unisse a um colega de equipe e conversasse, eu estava na sala para ajudar a facilitar a conversa. Muito rapidamente, as pessoas começaram a mostrar mais preocupação, a fazer boas perguntas e a construir relacionamentos reais e confiantes. Depois de um tempo, foi dito a esses pares para encontrar outro pares. Eles formaram quartetos, e logo nós, os profissionais, pudemos nos retirar completamente enquanto o treinamento continuava.
Conclusão
Se você atua em uma posição de liderança, seu trabalho mais importante é ajudar as pessoas a sua volta a alcançar seu maior potencial. Depois de passarem por um processo de coaching, Marta e Rob agora trazem o que aprenderam para suas equipes. “Hoje, dou às pessoas permissão para ter dois ou três cenários de um futuro possível e garanto que descobrirão o caminho melhor para elas”, diz Marta. “Estou vendo que a compaixão entre si leva à compaixão com clientes, constituintes e todos os outros, o que cria desempenho”. Eu concordo: quando você treina com compaixão, ela se torna contagiosa.

Inteligência emocional é a chave para a liderança efetiva

A liderança é um processo, não um cargo. Ninguém precisa de um título de liderança formal para ser um líder. Uma boa liderança é a aplicação correta de competências e práticas para ajudar a organização a desenvolver seu potencial. Porém, as competências de liderança podem ser aprendidas e aperfeiçoadas.
Se você é um líder, provavelmente possui o conhecimento sobre os negócios consagrado pelo tempo, com capacidade intelectual e habilidades técnicas; Habilidades muito importantes, mas são apenas a linha de base. Numerosos estudos mostraram que, o que distingue os lideres excepcionais dos medianos é a autoconsciência emocional e o auto-controle. Embora a educação tradicional se concentre apenas nas inteligências linguística e lógico-matemática, podemos ter diversas inteligências. Goleman se concentrou em duas, a intrapessoal e a interpessoal, formando a sua teoria da inteligência emocional. O trabalho de Goleman iniciou um novo movimento no mundo empresarial. O conceito de inteligência emocional QE ganhou destaque no desenvolvimento da liderança, e está provado que é um componente essencial no sucesso da liderança e das organizações. Aqui estão algumas conclusões importantes: No trabalho, o QE é duas vezes melhor do que o QI para previsão do desempenho, e 80 a 90% das competências que diferenciam os melhores profissionais estão ligadas à inteligência emocional. As empresas que investiram em treinamento sobre inteligência emocional obtiveram um retorno incrível: milhares de dólares economizados com a melhoria da produtividade, vendas, atendimento ao cliente e tomadas de decisões. O retorno sobre investimento chegou a mil por cento. Nada mal, não? O poder da inteligência emocional faz sentido. Afinal, tudo isso se resume no esforço coordenado de pessoas visando atender às necessidades das outras pessoas e dos clientes. Toda organização atinge seu objetivo por meio de conversas, interações e decisões diárias. Isso envolve pessoas, e quanto maior sua inteligência emocional, mais eficazes elas serão. 
“A inteligência emocional é a capacidade de administrar as emoções para alcançar objetivos, é a habilidade de entender suas próprias emoções e as emoções dos outros, como eles dirigem o comportamento, e em seguida, usar esse conhecimento para motivar os outros.”
A maioria das pessoas cometem erros em torno a inteligência emocional porque não entendem o que esta acontecendo com as outras pessoas. A inteligência emocional é a competência central da liderança efetiva, e deve ser sua maior prioridade. Basicamente significa: inteligência para compreender e trabalhar com emoções. Para desenvolvê-la, o importante é entender que as pessoas são seres complexos motivados por diversos fatores físicos e emocionais. 
“O sucesso ou fracasso das organizações depende de como elas abordam o fator humano. “
A inteligência emocional tem dois componentes principais: a competência pessoal, centrada no indivíduo, e a competência relacional, centrada nos outros. Em cada um, há duas áreas, conhecimento e gestão, formando quatro quadrantes.

O primeiro quadrante é a autoconsciência: conhecer a si mesmo, incluindo os pontos fortes e fracos e comparando a visão dos outros sobre você. Pergunte a si mesmo: Quais são meus pontos fortes e fracos? Minha percepção sobre minha capacidades correspondem ao que os outros veem? Em quais competências e habilidades próprias eu confio?Perceber quando está tendo uma reação física ou emocional, exercer o autocontrole emocional e encontrar formas saudáveis para enfrentar desafios. Para desenvolver a autoconsciência, é preciso praticar. Aqui vão duas estratégias fundamentais. Primeiro: saiba o que desencadeia uma reação forte em você. Descobrir quais situações despertam sua reação vai ajudar no desenvolvimento da inteligência emocional. Segundo: saiba o que fazer quando surgir essa sensação. Pode ser respirar, desabafar por escrito ou com um amigo ou fazer exercícios. O objetivo é usar essas práticas para reduzir sua reação antes de interagir, evitando agravar a situação já tensa ou fazer algo e depois se arrepender. 
O próximo quadrante da competência pessoal é o autocontrole autorregulacao, ou gestão de si mesmo. Significa gerenciar as emoções e ações de forma produtiva e saudável. O que posso fazer para auto-gerenciar diante do estresse? Como meus valores influenciam minhas palavras e ações? Quando tomo iniciativa para resolver problemas? Como estimulo meu crescimento e desenvolvimento contínuo? É preciso liderar a si mesmo antes de liderar os outros. Assim, é importante desenvolver primeiro a competência pessoal.
Quanto mais o individuo conseguir se organizar, mais será capaz de usar o segundo componente da inteligência emocional: a consciência do outro. Significa identificar e entender as emoções dos outros e se interessar por suas necessidades e preocupações. Desenvolver a capacidade de reconhecer e compartilhar sentimentos dos outros é uma poderosa habilidade. Quando consideramos as habilidades de comunicação, muitas vezes a empatia é confundida com fraqueza, este nada mais é que um obsoleto modo de pensar, na verdade, a empatia é uma poderosa força. Grandes lideranças não são impulsionadas pelo medo ou intimidação, mas sim pela confiança. O modo melhor para desenvolver a confiança é enfatizar a empatia, você descobrirá que será mais eficaz quando conectar com as pessoas em modo individual. As pessoas se dedicam mais ao trabalho quando possuem um líder em que confiam. A competência relacional é a consciência do outro, que inclui suas emoções, pontos fortes e fracos, necessidades, preferências e valores. Você interpreta bem as emoções dos outros, tanto individualmente como em grupo? Consegue prever sentimentos, necessidades e preocupações? Como você estimula sua valorização de ideias e experiências diferentes? 
O quarto quadrante é a construção de relacionamentos, que envolve usar nossa consciência do outro para maximizar seu potencial e nossos relacionamentos. Como você ajuda as pessoas a explorar todo seu potencial? Você sabe a diferença entre conflitos saudáveis e prejudiciais? Quando você introduz mudanças e como ajuda as pessoas a reagirem a elas? Você inspira os outros com seu entusiasmo e visão? 


Para ter sucesso, líderes de todos os níveis devem possuir habilidades de coaching. A inteligência emocional (EI) é uma parte fundamental dessa competência, porque está ligada a relações com um trabalho de qualidade. As principais organizações estão adotando o coaching como parte integrante no desempenho da liderança.