Já passaram seis meses, e como vão as resoluções feitas na virada do ano?
Resoluções são complexas, elas chegam em forma de promessas e nos imundam de convicções e motivações para cumpri-las. Depois de passar uma temporada de férias e festas repletas de excesso de comida e álcool, parece que é o momento perfeito para animar, romper com os maus hábitos e, finalmente sentimos que é hora de fazer algumas melhorias positivas para nós mesmos e no nosso estilo de vida. De acordo com a mais recente estatística da Brain Statistics , 45% das pessoas que fazem resoluções no Ano Novo, apenas 8% das pessoas são realmente bem sucedidas em alcançar seus objetivos.
Então, por que as resoluções de Ano Novo são tão difíceis de serem mantidas?
Como qualquer mudanças na vida que queremos fazer e manter, resoluções de Ano Novo são muito mais complexas e difíceis de conseguir do que nós acreditamos, apesar do momento oportuno e determinação entusiasmada, partimos da uma simples explicação: simplesmente somos criaturas de hábitos e depois de algum tempo perdemos a motivação.
Esta é sem dúvida a verdade que faz a perseverança um aspecto importante quando se quer cultivar as mudanças que realmente desejamos fazer.
Todos nós sabemos quanto tempo e esforço é necessários para aprender a tocar bem um instrumento, aprender uma nova língua ou aderir a um novo esporte. Dando sentido a enorme quantidade de prática, esta mesma pratica é necessária para obter mudanças de comportamento e muitas pessoas simplesmente não possuem a resistência necessária. Nós pensamos que uma vez querer mudar, a mudança vai ser fácil. Mas isso é só o primeiro passo.
O que me leva a uma pergunta importante e muitas vezes esquecida quando definimos nossas resoluções de Ano Novo: Será que eu realmente quero mudar?
Na superfície, é claro que a maioria de nós queremos mudar para o melhor. Queremos ser mais saudáveis, mais felizes e mais produtivos. Queremos ter uma maior satisfação com o nosso trabalho, mais tempo para o lazer, ligações mais profundas e relacionamentos mais recompensadores. Queremos sentir menos irritados, menos ansiosos, menos críticos, menos dependentes e assim segue uma longa lista. Mesmo assim fazemos resoluções de Ano Novo que visam melhorar a nós mesmos e as nossas vidas, isso ja é um bom passo na direção do auto desenvolvimento e auto-realização.
A Brain Statistics constatou que, apesar de uma mera taxa de sucesso de 8%, as pessoas que explicitamente fazem resoluções de Ano Novo tem 10 vezes mais probabilidades de atingir os seus objetivos do que as pessoas que não fazem resoluções. Intenção e aspiração são vitais.
Para muitos de nós, a intenção de fazer as mudanças que queremos na vida através de nossas resoluções de Ano Novo estão enraizadas em um descontentamento fundamental com quem somos. Isso soa como um acéfalo, mas quando as nossas resoluções tornam-se projetos de auto-aperfeiçoamento, estamos inerentemente indo para a batalha com nós mesmos. Estamos implicitamente – se não explicitamente – dizendo: O esforço para melhorar ou acabar com os aspectos indesejáveis que nós acreditamos “eu não sou bom do jeito que eu sou, e até que eu estou melhorado, eu não posso ter a vida que eu quero.” só cria uma guerra interna com nos mesmos, eles também tem o efeito paradoxal na manutenção dos comportamentos indesejados ou traços. Vemos isso na maneira que nós ficamos presos, dias após dias, anos após anos, a resolução para fazer melhorias que achamos que vão transformar a nós mesmos ou a nossa vida em algo melhor, mas viver um inferno temporal, realmente sentindo-se melhor ao longo do tempo, porque há sempre algo para melhorar. Ou, se estamos entre os 92% daqueles que não aderem às nossas resoluções, sentindo ainda pior por não ter sucesso em fazer mudanças.
Então a questão se torna: Eu realmente quero mudar? Porque se eu realmente quero mudar, eu tenho que perguntar a mim mesmo “O que eu estou fazendo esta funcionando?”, ou talvez o esforço para melhorar a minha vida somente me faz dar voltas e voltas, como um hamster dentro da roda, quando a mudança real requer pular fora desta roda de uma vez por toda.
Para a maioria de nós, pular fora da roda de hamster requer uma mudança profunda distante de estar em constante conflito com o que somos e a vida que estamos vivendo – o que só serve para manter nosso descontentamento – e aceitar fazer as pazes com quem nós somos. Isso significa quebrar o hábito do auto flagelo e o ciclo negativo de “Eu não sou bom o suficiente.” Isso significa engajar nossas lutas e limitações com compaixão em vez de um escárnio.
Esta abordagem pode parecer radical em um mundo altamente competitivo, mas funciona. A razão pela qual ela funciona é que perturba o status quo na fonte. Ela aborda a nossa resistência fundamental a mudança, assim como o nosso desejo inconsciente, subjacente para que as coisas realmente fiquem na mesma. E mais importante, aumenta a nossa auto-aceitação e auto-compaixão.
Mudanças reais requerem coragem. Bater-se contra e continuas tentativas ineficazes para melhorar, não só não gera dividendos e mantém você constantemente no vermelho e no escuro. Se você está tendo dificuldades para executar suas resoluções de Ano Novo, já fracassou em realiza-las, desistiu ou esta ocupado lutando, odiando ou julgando esses aspectos de si mesmo ou com a sua vida que você está tentando mudar, faça um favor – pule fora da sua roda de hamster. Dê a si mesmo um abraço. Isso não significa que você é fraco, isso significa que você é inteligente. Você está finalmente disposto a parar de fazer a mesma coisa, esperando resultados diferentes. E se você estiver realmente interessado nesta abordagem, encontre um coach que irá trabalhar com você para fazer a verdadeira mudança duradoura de dentro para fora.
Renato Moreira – Coach Executivo – Organizo cursos de Inteligencia Emocional, Liderança e PNL além de atuar como coach com profissionais que desejam atingir um alto nível de excelência no trabalho e na vida pessoal.
renatomoreira@me.com